O homem só
Há um cavalheiro encanecido
Num café onde costumo ir
Que fala solitariamente, convencido
Que pouco importa que o estejam a ouvir
Vai fumando cigarro após cigarro
E tossindo num tom cavo de igreja
Da vida que passou o denso escarro
Que ninguém entende nem deseja
E os outros, em redor, riem, esquecidos
Indiferentes ao morrer da alma alheia
Enquanto eu teço frases e sentidos
Longamente, como a aranha tece a teia
Imagem de: http://jeffreygoldsmith.com.
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