Ramo contundente, rumo contundido
Eu nunca sou o que escolhe
Limito-me a ser escolhido
Nunca sigo a via recta
Mas o rumo contundido
Nunca sou o meu maestro
Mas sim o que é dirigido
E causam-me igual impressão
O Inverno e o Verão
O silêncio e o ruído
O concreto e o indefinido
Os próprios ramos rasgados de uma árvore indolente
Agridem-me à passagem
Quando sigo, o olhar erguido, fixado numa miragem
Passando pacificamente
Que me embatem surpreendido!
Talvez devesse ir rasteiro
Talvez devesse ir inteiro
E o mundo fizesse sentido
Imagem de: www.galleryhenoch.com.
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