O silêncio de Deus
Deus escondido nas nuvens furtivas
Num jogo complexo de formas mutantes
Desce invisível nos ventos sibilantes
À terra das almas mortas e vivas
Almas peregrinas em ermos calados
E Deus tudo olhando em silêncios fundos
Como o silêncio inerte dos mundos
De areias imóveis e gases pesados
Deus sob as pedras como um escorpião
Dentro das casas, nas covas dos bichos
Em tesouros ricos, em casas dos lixos
E as almas perdidas suplicando em vão
Tudo é assassínio, tudo é lentidão
A galáxia infinda, o átomo denso
E Deus sempre um signo, um enigma imenso
Envolto em negrume e iluminação
Imagem de: www.divadlo.cz.
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