Melro de bico amarelo
Melro de bico amarelo
A que a cabeça não dói
Nem ideia alguma mói
Na mó do tempo novelo
Passaste tão brevemente
Que já não sei se és real
Ou uma imagem no caudal
Do rio que arrasta a mente
Fundido com o céu cinzento
No teu bate-asas fugaz
Estavas cá e já não estás
Gémeo perfeito do vento
Quem dera ser teu irmão
Sem trabalho de viver
Sem a cabeça a doer
Uma pena em flutuação
Imagem de: http://sitiodoshaicais.blogspot.com/.
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