segunda-feira, março 02, 2009

Junkie





Pálida, magra, indiferente
Na rua, a sua casa invernal
Atira um sorriso indolente
Mais poeira de osso que carnal

Atira o seu sorriso desdentado
Como quem atira o vácuo pleno
Num gesto sempre igual, mal calculado
Tão triste e por isso tão obsceno

Passa como quem se vai partir
Névoa incauta ao sabor do vento
Com a mini-saia rubra a cair
No chão onde morre o sentimento


Imagem de: http://yahoo.com.

1 Comments:

Blogger carolina gaspar said...

"poesia para quem quiser" - eu quero. obrigada!
carolina.

4:25 da tarde  

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