Gato deitado
Eis um gato escanzelado, deitado
Em frente à repartição de finanças
Grácil e táctil nas suas andanças
E dentro gira o dinheiro roubado
Passa a gente dormente e apressada
Deitando contas à difícil vida
Alonga-se a fila mal repartida
E o gato boceja sobre a calçada
Gato calado, mais negro que o breu
És mais luminoso do que eles todos
Respiras a vida em jorros e a rodos
Para ti não há gasolina a subir
Nem patronato pronto a despedir
Gato espalmado, companheiro meu
Imagem de: www.h2.dim.ne.jp (fotografia de Yamato)
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