Em longa fila indiana (agora, mais compostinho)
Em longa fila indiana
Postam-se vivos e mortos
Que partilham nossa cama
E atracam em nossos portos
Partilham da nossa mesa
E bebem do nosso vinho
Vermelho da framboesa
Que tinge o tempo sozinho
E o tempo escorre fluido
Pairando sobre oceanos
Fundos de fulgor perdido
Na correnteza dos anos
Em longa fila arredia
Empurram-se pensamentos
E o que resta ao fim do dia
São outros dias cinzentos
Imagem de: http://thelightbulbs.typepad.com.
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