A borboleta
BAÚ DE MEMÓRIAS
A borboleta esvoaça entontecida,
Choca contra o vidro, o candeeiro,
Pousa no bordo da vela derretida,
Mergulha suicida na cera, no caldeiro.
Borboleta, que te fica da tua breve vida,
Na noite e dia, que ficou por experimentar?
No céu das borboletas haverá para ti guarida,
Encontrarás tu outra vela onde pousar?
Entre outro cigarro, outra tossidela,
Olho-a diluída e fico a pensar nela…
Diluição, nirvana, no instinto a sapiência,
Mais eficaz na morte que eu na sobrevivência.
7 de Julho de 2005
Imagem original de www.aces.edu (Erin with butterfly).
3 Comments:
Lindo.
Beijinho grande para ti neste dia que também te pertence Poeta.
La vida insospechada, breve e intensa de una mariposa está llena de secretos.
A borboleta morreu, mas tu estavas prestes a sobreviver.
Lindo como sempre.
Beijo da tua maior admiradora
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