A brisa
A brisa, ensaiando o seu concerto
Nas folhas tenras dos dias de calor,
Faz-me cócegas agudas nos lábios,
Força-me os lábios a sorrir.
É mágica, mística, um faquir...
Engole fogo, deita-se em camas de farpas,
Caminha sobre vidros, tem poderes telecinéticos.
A brisa é muito superior ao génio humano.
Passa um carro fúnebre e geme uma marcha lenta...
Uma motorizada é uma guitarra a distorcer...
A mãe e a filha ciganas gingam num flamenco...
Escuta-se o som das palavras, um som tão contemporâneo!
Mas a brisa segue calma, a brisa toca com alma...
A brisa é um dia de sol em pleno Mediterrâneo.
Imagem de www.artbynancyg.com (tela de Nancy G).
1 Comments:
Suave esta brisa:)
Beijinhos, meu poeta.
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