Deus é amor
Deus é amor, é esse o discurso.
E nós, pobrezitos, não compreendemos
A história de Job e tudo o que lemos
Lázaro violentado e tudo o que vemos
A maçã vedada por quem tudo sabe
Figueira castrada contra a natureza
Abraão mandado trucidar o filho
Divisão dos homens, na torre, em Babel
Tudo e todos mortos, raiva do Dilúvio
Lot feita sal por um mero olhar
Poeira louvada no Final Juízo
A crucificação, São Sebastião
A dor que perpassa e o Senhor tão quedo
Mudo, silencioso, gritante de nada
Na Inquisição e em cada cruzada
Não compreendemos, Moisés, Deus, a Fogueira
O povo escolhido, povo preterido
Tão estranhos desígnios de fé e cegueira
Imagem de: Tate Gallery (William Turner)
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