Conímbriga
Em Conímbriga, entre ruínas
O vento corta o sol e a chuva
E a imagem numa névoa turva
Que escorre por camadas finas
Em mosaicos e calcários desbotados
Confundindo a vida tão provinciana
E lenta, longe a serra lusitana
A infância e os seus dias transformados
Dias longos e serenos, silenciosos
Nos confins, a aventura de nada fazer
E tudo nada ser, mas parecer
Que há algo entre rumores misteriosos
Pequeno e carcomido, esse viver passado
Em caldos de ADN, sangue na terra
Nos quintos que esse império encerra
Em mesas da primária e som calado
Por lá andámos em visita
Pequena a área, céu de imensidão
E tudo se confunde na razão
E instinto da vida finita
Imagem de: aeiou
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