quarta-feira, julho 19, 2017

Always the sun


A memória é uma amante traiçoeira
Que nos amarra entre cobertores de lã
Onde a luz não passa como se passasse
Ou vice-versa na autoestrada de fotões
Esqueço-me, por vezes, do essencial
Das coisas pequenas, das coisas enormes
Como eu costumar ver Deus na luz do sol
Sempre ele, o sol, um inca ficcional
E eu costumava mas deixei de costumar
Ei-lo, no entanto, o simples sol, o acorde
O abarcar da complexidade imaginária
Esvaída, como as ondas, entre as mãos
Sempre ele, o sol, arquétipo de mim
A luz que me confunde no que digo
E no que penso, pensando em imagens
O círculo da vida na composição
O sol dourando a relva verde e o mar
E todas as folhagens e os pardais nos ramos
E tudo o que se sente sem pensar
E toda a intuição sem planos

Imagem de: wallpapers.brothersoft.com

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