Não te deixarei comer Davide Croquete!
Olhos pousam-se, gulosos, sobre o prato
Sobre o prato chato sobre a mesa lisa
E o dono da tasca, em mangas de camisa
Urra "Vai mais um croquete?" e limpa as mãos ao fato
E eu fito aqueles olhos tão devoradores
Sentindo que no universo estranho tudo é vivo
Da mesa besuntada ao predador furtivo
E que até um croquete pode ter pavores
E pode ter um nome próprio que vai repetindo
Julgando-se à imagem de algum deus bem vindo
Falar da bola e não muito mais
Espalhar coisas tolas pelos telejornais...
Se básico até, ser uma pessoa
De cabeça erguida, caminhando à toa...
Ter vida, qualquer, e o nome repete.
Não te deixarei comer, Davide Croquete!
Imagem de: http://porquetinhadeser.blogspot.com/.
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