segunda-feira, junho 07, 2010

T1





Vejo um T1 à venda há anos
Através da vidraça divisória
E a Europa, outrora bela e com memória
Mendigando no mercado dos enganos

Tudo números, como o número desenhado
Desgastado na varanda do terceiro
E ouvimos na TV o dia inteiro
Falar num cinto estreito e apertado

A Hungria em bancarrota ameaçante
A Grécia perto da revolução
E os ecrãs enchem-se com a Selecção
Nesta terra tão bizarra de distante

Na Assembleia riem deputados
De ironias atiradas pelo ar
E tudo vai andando com vagar
Nesta terra flutuante de calados

Indiferem-me os feitos do passado
Não sonho com torres de cristal
Digam-me antes o que são o bem e o mal
E o que faz algum sentido aproximado

Na distante China jogam todos
Os neoliberais e a populaça
E enquanto alguns se afundam pela vidraça
Para outros o champanhe corre a rodos


Imagem de: http://poetryfoundation.org.

1 Comments:

Blogger Jorge Simões said...

Publicidade........................

1:57 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home

advertising
advertising Counter