terça-feira, maio 18, 2010

Um irretornável retorno





É sempre a mesma coisa!, um velho exclama
Empurrado pela enfermeira num hospital
Diga o que disser é confuso, está mal
Cheira subjectivamente a morte e a cama

Outrora respeitável, balbucia agora
Sentenças que ninguém entende
Ele é como o tempo que se estende
Somente enquanto alguém nele se demora

E em simultâneo há crianças a nascer
Neste hospital onde a minha mãe me amou
E o meu pai e a minha avó. Tudo mudou
E os espaços só significam o que se quiser


Imagem de: http://info.jpost.com.
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