As máquinas mataram os pinhais
As máquinas mataram os pinhais
Dos Fetos, do Cuco e dos Malmequeres.
Verteram-lhes cimento por cima,
Expulsaram as aves e a brisa,
Mataram as nascentes do passado,
Trocaram-nas por canos e progresso.
Deixem-se de ecologias hipócritas!
Ninguém se culpa de nada
E a morte cai por destino.
Devolvam-me o tempo ido
Ainda agora, já agora,
E o pão com chouriça às cinco horas!
Os tojos cobriam as colinas,
Felizes que eram no seu tempo...
O tempo que me aconchegava
Quando passava sem saber
E que era um sol gigantesco
Iluminando a inocência...
Dêem-me o que não perdi
Porque nunca cheguei a ter,
Salvo na doce ilusão
Que era a vida a decorrer...
Imagem de www.northerngrid.org.
1 Comments:
Triste.
Mis saludos.
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