Blues
Arranha-me a pele felinamente,
Beijos na boca, seca e aguerrida,
Fluem rios de metal entre veias e artérias,
Arrepiando até à foz, no centro da cabeça:
Extravasam dos olhos, narinas e ouvidos...
O pulsar do blues agrário, santo e vibrante,
O Deep South da existência sob o sol.
Até que a pop irrompe como uma áspera seca
Das entranhas telemóveis saltitantes, pragas.
Então, regressa o sol imenso no algodoal,
Nesta penitenciária ardente onde vivemos...
Imagem de www.dsl.psu.edu.
3 Comments:
Magistral, amigo... puedo oír un spirituals alzándose al ritmo de las cadenas al atardecer.
Beijos.
Llegan hasta mí flotando perdidas motas de algodón...
"Magistral"... Confesso que me agrada a palavra... Que empresta algum sentido à coisa... Muito obrigado.
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