Recordar é morrer
Recordo-me, recordo-me, recordo...
Mas recordo o quê precisamente
Se todos os sentimentos se desintegram
E todas as vivências são metamorfoses?
Vejo-os a todos: poeira cósmica tão fina,
Cristais líquidos fundidos, caleidoscópicos,
O bem e o mal, o zero e o absoluto,
Os rostos sorrindo como sorrindo congelados
E os mortos como se não vivessem morrendo...
Nasci a um sábado, numa madrugada glaciar,
E só disso julgo recordar-me por mo terem recordado
Com palavras logo diluídas no imenso caldo apocalíptico
Que é não haver memórias mas apenas impressões.
Imagem de www.flickr.com (foto de Lunaryuna).
2 Comments:
Un reciclaje apocalíptico para el caldo de la memoria colectiva.
Abrazos querido poeta.
Recordar es morir... y resucitar también. Saludos.
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