Brinquedos abandonados
Não é dramático, mas a cangalhada,
Bugigangada, pedaço da infância encaixotada,
Perdeu-se numa garagem atapetada de fungalhada
E se alguém me ralhou, já me esqueci...
O sol pôs-se e não o vi.
Nasceu, de manhã, quando dormia,
E recordo-o como um filme
Cujas cores começam a desbotar.
Nasce e põe-se no céu intemporal.
Cartas de jogar cobrem quadrados do passeio,
Anárquicas nas suas posições contorcionistas...
A vida é um jogo. Não queres jogar?
Muito honestamente? Prefiro dormitar.
Imagem original de www.speakeasy.org.
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