Nos dias santos
Nos dias santos de pau carunchoso
Em ideias talhadas com velho pau santo
Os antiquários escondem-se nas praias
E enquanto o som geme habitual no altofalante
Injectado como um veneno, um pensamento parasita
Os bichinhos fogem em círculos, atarantados do calor
Por cima de mesas, por sobre calçadas
Os insectos financeiros não pausam hipotecas
Tombantes gotas metódicas em climas gélidos
Alguém mama de uma garrafa sob uma ponte de pedra
Tão longe da consciência, da idade adulta
E o rio segue ateisticamente indiferente a datas
Como o poeta anónimo traçando símbolos estranhos no papel
Imagem de: www.past-inc.org.
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