Oração
Olho em redor e vejo gente normal
Passam, conversam, odeiam, amam, morrem
Gente que existe, uns param, outros correm
Sorrindo à singeleza do dia-a-dia igual
São gente simples, com forças e fraquezas
Os filhos pequenos correndo no passeio
Almoços ao domingo com algum vinho de permeio
Gente normal e eu preso às profundezas
Onde eu habito tudo é fogo e escuridão
Fundos soluços e correntes a arrastar
E se me ergo arduamente, a tropeçar
Cem mil demónios me apertam o coração
Que Deus me ajude a saber ser invisível
A merecer o ar incerto que respiro
A fazer compras e a dormir sem um suspiro
A amar quem amo sem tremores e culpa horrível
Imagem de: http://i8.photobucket.com.
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