sábado, maio 19, 2007

Calipso




Doce Calipso, aprisionada
Pela infeliz imortalidade,
Flor sempiterna e sem idade,
Serena deusa, tão mal amada...

Prados verdes de melancolia
Perdem-se em rastos de solidão,
Em tua roca, em tua canção,
Nos areais onde é sempre dia...

No teu sorriso não há lamentos
Pelo amor que tão mal te tenta
E é acre o néctar que te alimenta,
São impalpáveis os teus tormentos.


Imagem de www.avdistrict.org.

4 Comments:

Blogger Chellot said...

Entregar-nos por completo a quem acreditávamos amar incondicionalmente pode resultar em mágoas e arrependimentos. Calipso sentiu a dor do abandono e do amor não correspondido.

Beijos de rosas e vinho.

4:53 da tarde  
Blogger Gerónimo Rosas said...

Eu também sou um ser, mas às vezes não parece

12:24 da manhã  
Blogger Unknown said...

Gostaria de saber se me podem indicar qual o autor da imagem aqui postada de Calipso e Ulisses.
Obrigada

11:30 da tarde  
Blogger Jorge Simões said...

Lamento, mas pesquisei e já não consigo encontrar esta imagem... Abraço.

12:54 da manhã  

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