Avant-garde repetida
Pois será que, com tanta experiência e responsabilidade,
Nunca nenhum de nós se tenha apercebido
De que tudo se encaminha para o fim
E que não há céu algum, somente inferno?
Não sentes o universo a esturricar?
Espreita o vácuo sobre todos os telhados...
Nem estrelas banais há, na cidade onde vivemos,
Quanto mais santos, anjos e estrelas de Belém!
Há que adoptar a fleuma durante a representação...
Porque, no final, é a habitual encenação enjoativa,
Sádica, absurda, repetida e avant-garde,
Em que todos somos culpados para alguém.
Imagem original de www.contrib.andrew.cmu.edu.
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