Ano Novo, Novo Ano
A neve, a chuva, o gelo
E o sol incendiando o grão de areia
Hurram como uma onomatopeia
No universo mal medido que torneia
De um a outro ano subjetivo
Ou intersubjetivo ou talvez vivo
Com o fim do tempo sempre à porta
Da casa que tanto nos custou comprar
E a esta hora a humanidade a dormitar
Sonha desbragadamente os mitos
Que perfazem os silêncios e os gritos
E as conversas intermédias em surdina
Envoltas em alma e serotonina
E quem nos ditou regras de existência
E quem nos mentiu sobre a persistência
E quem imaginou por medo a essência
É pó varrendo as dunas do deserto
Onde permanece o escorpião desperto
Imagem de: Youtube
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