Enganei-me parcialmente
A partir de 2014 os pais fumadores vão ter cadastro. Seria interessante que o governo utilizasse o dinheiro que vai roubar aos trabalhadores da Função Pública e pensionistas para, completando a atitude fascista que nunca se sabe onde terminará, colocar detetores de fumo e câmaras ocultas em todos os locais onde os potenciais fumadores-criminosos possam passar tempo, nomeadamente em suas casas. Deveria o governo, de igual modo, elaborar uma grande ficha de Excel homogeneizadora para que os hábitos tabágicos dos portugueses passassem a ser exatamente similares; para tal, os fumadores deveriam realizar reuniões de trabalho extensivas em horário pós-laboral e até, pelo menos, à meia noite, sem esquecer o material necessário para se autoflagelarem e o necessário exame a nível nacional.
Fico satisfeito por ter mudado para os vaporizadores, vulgo "cigarros eletrónicos", há coisa de três anos e nunca mais ter pegado num cigarro. Mas não é isso que me fará sentir menos vítima do fascismo, porque todos o somos, fumadores e não fumadores, trabalhadores e não trabalhadores, cretinos e mais ajuizados.
Fico triste porque me enganei quando dei o meu apoio a este bando de gente estranha e perigosa e por ter confiado em Portas (que no Passos Coelho nunca confiei muito). Mea culpa. Isso não quer dizer que me tenha enganado relativamente ao Sócrates, para cuja lavagem este governo tanto tem contribuído - porque uma das poucas coisas dignas que me restam é a memória.
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