Enterra o focinho
Baú de Memórias
Enterra o focinho bem na areia, cão
Na linha da sombra que rebate o marulhar
Onde o teu faro se pode perder no chão
E os meus pensamentos se vão enterrar
Fecha-me bem essas pálpebras castanhas
Qual cólica mole e mal imaginada
Longe do sol queimador de entranhas
Longe da vida e da luz torrada
Enterra o focinho e deixa-me ficar
Crente que também posso ser assim
Imerso em funduras, só a sonhar
Enterra o nariz negro bem até ao fim
Como uma rosca por desenroscar
Total simbiose, totalmente em mim
12 de Janeiro de 2000
Imagem de: www.photographyblog.com (fotografia de supersajanas).
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