A vérmina
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Sente o cheiro pútrido das lixeiras do Verão frio:
Sente a vérmina, feliz, entre os despojos do dia!
Do nariz até ao cérebro, instalados no conforto,
Os bichos perfuram a massa, engenheiros neuronais.
Mexem-te aqui para sorrires. Tocam-te ali para chorares.
Desligam-te com sapiência os centros de observação.
Zangam-te quando o entendem, dão-te um boné e um casse-tête.
Cegam-te e admiras a sua perfeita sincronia...
A vérmina nossa, multiplicada em cada dia.
A vérmina nossa, multiplicada em cada dia.
Imagem de www.bryce-alive.net.
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