Sombra e luz nº 2
As fábricas, as salas apertadas das empresas,
Os camiões a diesel, quartéis e salas de estudo,
Respiram todos a luz artificial das hidroeléctricas
Onde os peixes mais resistentes não navegam,
Das termonucleares cónicas, reforçadas,
Onde as bactérias lutam por nano-espaços.
No sol imenso brilha um céu azul
Que vibra nas folhagens de tantos tons,
A mais serena e afinada orquestra natural.
Porque falam em anjos no céu, com harpas e violinos,
Quando o céu toca, tão óbvia e levemente,
Até o mais baixo dos passeios de cimento,
Penetrando mesmo as fábricas, salas de empresas
E todos os locais onde a sombra derrama a ilusão?
Imagem de www.neiu.edu.
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