Os fumadores de haxixe
BAÚ DE MEMÓRIAS
Nestes dias estou, lamento informar, sem disponibilidade para escrever originais. Mas, como poemas não me faltam (e sem querer transmitir a impressão de que sou um sonetista), cá vai mais um que tirei à sorte do baú...
Estendem-se em largas redes ilusórias
Observando as auréolas subindo aos candeeiros
E, como insectos, volteiam dias inteiros
Em torno das faúlhas e memórias
E enquanto cresce e diminui o lume, lento
Como um coração a bombear tensões
Nascem-lhes sorrisos, vácuas expressões
Fogos do artifício que é o pensamento
Quebram-se fracções da recta temporal
Nos breves instantes que dura a ilusão
Dos corpos libertos da cela carnal
E ao esvaziar-se a ténue impressão
Do êxtase ultra-leve, quase irreal
Caem como aves em mansa solidão.
1 de Fevereiro de 2005
Imagem original de www.erowid.org.
1 Comments:
La ilusión de libertad es una trampa mortal como la vida misma.
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